domingo, 7 de setembro de 2008

do partlhar do pão....e de outras cositas mais...



Na comunidade judaica o momento da comilança parece ser mais que um ajuntamento de famintos. Para eles, comer junto é compartilhar dos mesmos valores que o outro, é participar da mesmo família.

Essa parada de "compartilhar" estar associado à afinação de valores me parece uma metáfora muito adequada quando falamos da internet. Afinal de contas, no momento em que você entra num site que compartilha músicas, fotos, arquivos, e o melhor do momento, sua própria vida pessoal enquanto produto da mídia, você concorda com algo que aquele grupo propõe.

Certamente, como diz o post abaixo, o objetivo inicial da internet, e, portanto, um de seus pontos fortes, é mesmo poder diponibilizar algum tipo de informação uns para os outros, desde que sejam usuários dessa rede interplanetária. Essa idéia certamente vem sendo atualizada de várias maneiras, em vários ritos e construções de identidades, ao longo dos anos na gloriosa internet, até que chegamos num ponto onde é problemático falar de direitos autorais e crimes quando estamos neste campo virtual. Assim, o motivo inicial da criação da www pode estar prejudicando a rede jurídica estabelecida em nosso país. Por essa e outras, a supracitada lei que está em tramitação é um assunto que deve ser muito bem discutido.

Para além disso, o partilhar ainda me impressiona muito. A oportunidade de enviar arquivos e disponibilizá-los para os outros é cada dia mais fácil e comum e, se por um lado, você dificilmente baterá na porta da casa do seu vizinho caso precise de açúcar (sei, pode ser que vc nem tenha mesmo certeza que seu vizinho existe, ele pode ser só um holograma....), por outro lado vc é capaz de baixar sua coleção de temporadas inéditas de Chaves para o Rapidshare e deixar toda essa preciosidade disponível para todos. Do partilhar do pão ao partilhar do vídeo parece mesmo que estamos ligados, ainda que de um modo muito bizarro, uns aos outros.

Falando em bizarrice, o compartilhar está em níveis que nós nem imaginamos, e quando isso tange os direitos autorais (o que não raro acontece), se essa lei for aprovada teremos dificuldades de mudar essa cultura criada. Neste site >>> por exemplo, as pessoas compartilham até mesmo livros de engenharia mecatrônica! Mas enquanto estamos bem longe, uma comunidade nos une por outros laços, fazendo de nós uma estranha família virtual.
A bizarrice continua aqui!

sábado, 6 de setembro de 2008

De Leis Estranhas e suas implicações Nonsense



A internet é um território estranho. Não tem limites bem definidos, não tem chefe de Estado, e não tem leis. Bom, na verdade, tem até gente tentando colocar algumas proibições aqui, umas restrições ali mas nada que funcione efetivamente.

Eu me lembro de quando eu começei a fazer meus downloads de cada dia. Eles proibiram o Napster. Logo depois já tinha o Kazaa, Emule, Torrent e um milhão de outros programas de compartilhamento. Era impossivel controlar. Acho que desistiram.

Uma das coisas mais legais da internet, ao contrário do que disse meu amigo aí em baixo, não é o anonimato. É a possibilidade de apropriar, trocar, transformar e interagir com os dados e informações que circulam pela rede. É no intercambio que as coisas legais se criam. Qualquer projeto de lei que venha a restringir as possibilidades de navegação que a rede nos proporciona representa um atraso na inclusão digital, nos coloca um passo atrás do resto do mundo e alguns centímetros mais perto de países onde a censura reina. O acesso à internet ficaria mais caro, o que seria péssimo para aqueles programas tã olegais do - do próprio governo - de levar computador pra todo mundo. E o atraso é literal se tivermos que fazer logins a cada pagina aberta! (Pense nos cadastros! Eu odeio ter que preencher aquelas fichas)
E pior - ou melhor -, não vai funcionar (como foi escrito nesse blog). Desde sempre os internautas sempre criaram um jeito de fazer coisas que por algum motivo eles não poderiam estar fazendo. Principalmente internautas mal intencionados (que, segundo dizem, são os verdadeiros alvos da lei). Não é díficil supor que meu primo de nove anos sabe mais de internet que os político que propuseram essa lei.

E enquanto tem gente querendo restringir, outros estão mil anos na frente e já descobriram o verdadeiro potencial da rede. Então, se você ainda não ouviu essa música, corra pra baixar enquanto ainda nos deixam fazer isso. Afinal, quem é que, hoje em dia, arrisca comprar um cd sem nunca ter escutado em mp3 antes?
A bizarrice continua aqui!